O recuo da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que alterou entendimento e liberou pagamento das emendas do chamado “orçamento secreto”, pode ser o trunfo que o governo esperava para tentar conquistar os votos de que precisa para aprovar a PEC 32, da Reforma Administrativa.
Em evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no último dia 30 de novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o governo vem usando as emendas parlamentares de relator, que compõem o orçamento secreto, para conseguir apoio para seus projetos.
A proposta de Reforma Administrativa tira estabilidade do servidor e abre caminho para o apadrinhamento político em cargos públicos, o que facilita a corrupção e também deixa a população sem um atendimento de qualidade. A proposta de Bolsonaro-Guedes é considerada por parlamentares e diversos especialista como a pior já apresentada ao Congresso Nacional sobre Administração Pública.
Resistir é preciso
O governo ainda não possui os 308 votos para aprovar a PEC 32 na Câmara, mas não desistiu de aprová-la. A mobilização dos servidores e pressão permanente sobre os parlamentares têm sido elemento essencial para frear o avanço dessa pauta. Se o governo não desistiu de aprovar a reforma Administrativa, os servidores também não vão recuar.
A vigília permanente da categoria, atos em aeroportos e também em municípios de todo o Brasil continuam a todo vapor. Mesmo que o servidor não consiga participar dos atos presenciais em sua cidade, a mobilização virtual é um passo essencial da resistência contra a precarização dos serviços públicos. Acesse o observatório da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público (http://observatorio.skr.dev.br/fpmsp/pec_32_20), veja como votam os deputados e entre em contato com os indecisos pelas redes sociais. Cobre um voto NÃO à PEC 32. O recado segue sendo um só: votou PEC 32, não volta. Compartilhe! Participe da luta contra a reforma Administrativa e em defesa dos seus direitos. (Com agências)