Entidades de servidores federais de todo o país referendaram em encontros pela internet nos dias que antecederam o carnaval o calendário de lutas pela reposição inflacionária linear de 19,99% dos salários dos servidores.
Os servidores federais já iniciam a mobilização participando dos atos do Dia Internacional da Mulher, que acontece no dia 8 de março. No dia 9 de março, será lançado o Comando Nacional de Construção da Greve dos Servidores e Servidoras Públicas Federais. Esse é o grande momento de mobilização nos estados. Cada sindicato estadual deverá montar o seu comando de greve para construir o movimento junto à sua base.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) analisa que existe disposição dos representantes dos servidores de todos os estados brasileiros em mobilizar o conjunto de trabalhadores. Mas a greve só será viável se o chamado dos representantes for atendido pela base.
O Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Greve dos Servidores Públicos Federais acontecerá no 16 de março. Serão realizadas manifestações nas ruas e locais de trabalho das capitais e cidades do interior de todos os estados brasileiros, além de um grande ato em Brasília. Todos os sindicatos estaduais deverão enviar delegações para a Capital Federal.
Também no dia 16 será dado um ultimato ao governo Bolsonaro. A partir desta data, o governo terá sete dias para atender às reivindicações dos servidores. Caso não haja negociação e fechamento de um acordo até o dia 23 de março, deverá ter início uma greve geral por tempo indeterminado.
Debate na Câmara
A coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços Públicos, deputada federal, Alice Portugal (PCdoB), ingressou com um requerimento para debater a reposição salarial dos servidores na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal.
Eleição 22
A Condsef também deverá realizar um seminário, provavelmente em abril, para debater as eleições ao Senado, Câmara Federal e à Presidência da República. A entidade sistematizará uma plataforma com a pauta do conjunto dos servidores públicos para ser entregue aos candidatos ligados às causas trabalhistas. Já ficou definido que o documento será entregue ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá ser candidato à Presidência do Brasil nas próximas eleições. (Com agências) (Foto: Nando Neves)