• 7 de setembro de 2024 22:01

Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro

O Sintrasefe – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro – foi fundado em 26 de setembro de 1989. Entidade sindical representativa dos servidores públicos federais da administração direta e indireta no Estado do Rio de Janeiro, o Sintrasefe tem em sua base cerca de 250 mil servidores, dos quais 35 mil estão filiados, distribuídos em cerca de 60 órgãos públicos.

Governo mexe em recursos mas não define reajuste de servidores, prazo é até dia 30

ByImprensaSintrasef

jun 7, 2022

Sem significar reposição salarial emergencial, o Ministério da Economia anunciou nesta segunda-feira (6/6) mais um bloqueio de recursos para áreas essenciais da administração pública. A medida prevê o contingenciamento de R$ 6,7 bilhões do orçamento federal, atingindo principalmente as pastas de Ciência e Tecnologia (R$ 2,5 bi), Educação (R$ 1,6 bi) e Saúde (R$ 1,3 bi). A alegação é de que a medida é necessária para adequação das despesas ao chamado teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas à inflação dos últimos 12 meses – à exceção dos juros da dívida pública, que ficam fora da regra. O anúncio do Governo Federal não faz nenhuma menção à reposição das perdas salariais do serviço público federal.

O secretário geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef), Sérgio Ronaldo da Silva, alerta que o governo federal faz ‘ouvido de mercador’ e tenta confundir a opinião pública. “O governo corta das áreas mais essenciais, sem necessidade, e ainda assim não tem nada certo, nem mesmo com esses cortes que são lamentáveis. Estamos na mesma situação, porém o prazo para definir a reposição salarial está se encerrando”, afirmou Sérgio.

O prazo a que o secretário-geral da Condsef se refere é 30 de junho, a partir de quando a lei de responsabilidade veda a possibilidade de elevação de despesas com pessoal. De acordo com a lei, o prazo para esta definição é de 180 dias do fim do mandato, o que obriga o governo a apresentar um PLN (projeto de lei do Congresso Nacional) prevendo o reajuste ainda este mês.

A matéria precisa, ainda, ser aprovada em sessão conjunta das duas casas legislativas (Câmara e Senado). No entanto, o governo federal não abre negociação com os servidores e evita dizer com clareza qual decisão será tomada, em tentativa deliberada de confundir e desmobilizar a categoria.

 

Servidores mobilizados

 

Enquanto corre esse prazo, a Condsef garante que não haverá refugo na luta pela reposição. “O governo nem negocia e nem nos dá resposta, tudo o que sabemos é pela mídia. Esse tipo de chantagem tenta jogar a população contra o servidor, mas nós não vamos ceder. Vamos continuar”, assegura Sérgio.

A maioria do funcionalismo tem salários congelados há mais de 5 anos e perdas acumuladas que podem superar 40%. Os servidores públicos federais reivindicam, então, uma reposição salarial emergencial de 19,99%. O percentual se refere a perdas sofridas nos três anos de governo Bolsonaro até janeiro, pois considerando os últimos meses essa marca já atinge quase os 30%.

E por falar em 30%, esse foi praticamente o ganho real (29,6%) conquistado por militares nos últimos dez anos, já descontada a inflação entre 2012 e 2022. O percentual é resultado de um levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP). A Auditoria Cidadã da Dívida aponta que o reajuste dos servidores federais poderia ter chegado a 76% a partir de janeiro de 2022. (Com agências) (Foto: Nando Neves)

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O Sintrasef – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro

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