Nesta quarta-feira (3/4) os servidores federais promovem o Dia Nacional de Luta pela Campanha Salarial 2024. A jornada contará com atividades em diversos estados e em Brasília, onde a categoria faz atividades no Congresso Nacional em busca de apoio dos parlamentares por orçamento da União que contemple as reivindicações urgentes do funcionalismo e contra a PEC 32/20, que segue ameaçando o serviço público brasileiro.
Os servidores ampliam as paralisações e greve em busca de avanços no processo de negociação com o governo. Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Ensino estão em greve e professores universitários aprovaram indicativo de paralisação a partir do dia 15 de abril. Pelo menos doze categorias promovem operação-padrão em suas atividades, enquanto servidores de dezenas de categorias estão em mobilização permanente.
A categoria também deve organizar uma marcha a Brasília dia 17 de abril com objetivo de pressionar o governo a negociar propostas de reajuste ainda para esse ano, já que o governo segue apontando percentual zero para 2024, 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.
A contraproposta da bancada sindical prevê percentuais diferenciados em dois blocos. O primeiro bloco é o das categorias que tiveram reajuste bianual (2016 e 2017), e o segundo o das que tiveram reajuste em quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2019). Entre 2024 e 2026 os servidores do Bloco I teriam reajuste de 10,34%, totalizando 34,32%, enquanto os servidores do Bloco II teriam 7,06%, totalizando 22,71%.
Alimentação e saúde
Como os benefícios estão incluídos na discussão da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) e não podem ser negociados separadamente, o governo manteve proposta de R$1000 no valor do auxílio-alimentação.
Ainda pela proposta do governo, o auxílio-saúde sairia dos atuais R$144 para R$215, em média, considerando a contrapartida paga pelo governo. Vale lembrar que a Geap aumentou em 8% o valor dos planos para servidores acima de 59 anos. Já o auxílio-creche sairia de R$321 para R$484,90. A bancada sindical segue lutando pela equiparação dos valores entre os Três Poderes.
É preciso que servidoras e servidores em todo o Brasil reforcem a unidade e mobilização para que juntos possamos conquistar avanços concretos em nossa Campanha Salarial 2024.
Confira abaixo o calendário de atividades:
3 de abril – Dia Nacional de Luta nos estados e no DF contra o 0% de reajuste salarial em 2024;
16 de abril – Audiência Pública na Comissão de Administração dos Serviços Públicos na Câmara dos Deputados, Às 16h;
17 de abril – Marcha a Brasília por avanços na Campanha Salarial 2024;
18 de abril – Atividades em Brasília pela reestruturação de carreiras dos servidores;
22 de maio – Marcha da classe trabalhadora a Brasília.
(Com agências)