Na segunda reunião da mesa permanente de negociação entre o governo e as entidades representantes dos servidores públicos federais, realizada nesta terça-feira (28/2), o governo reconheceu que pode melhorar sua proposta de reajuste salarial para a categoria. O governo federal havia oferecido 7,8% de aumento salarial a partir de março e reajuste de 43,6% no auxílio-alimentação. Os servidores avaliam que é possível avançar no índice do reajuste, e que apesar de um índice de 13,5% estar em estudos, seria necessário um reajuste de 27% para repor as perdas acumuladas nos quatro últimos anos. A expectativa é uma resposta do governo com um novo índice de reajuste até esta sexta-feira (3/3). A próxima reunião é na terça-feira (7/3), quando os servidores darão sua resposta à nova proposta do governo após consultarem suas bases em assembleias.
Os servidores reconhecem que há disposição do governo de manter o diálogo. O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) manifestaram isso em recente documento e encaram com normalidade as idas e vindas da negociação. O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef / Fenadsef), Sérgio Ronaldo da Silva, afirmou que os representantes sindicais saíram “muito otimistas” da reunião realizada na terça-feira.
Ele acredita que existe intenção do governo em agilizar a negociação, fazendo um acordo emergencial, para então iniciar “um processo mais consistente” já tendo como referência o orçamento de 2024 e a reparação das perdas históricas da categoria. Além do reajuste visando os 27%, outras demandas feitas pelos servidores ao governo foram a correção dos benefícios sociais, a isonomia com outros poderes no valor do vale refeição e a instalação urgente de mesas setoriais.
Pagamento em abril
O secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, ficou de levar as contrapropostas dos servidores à ministra Esther Dweck, de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. “Vamos estudar os números, mas o mês de março em questão de reajuste já está perdido. Se houver acordo, é para o mês de abril, o que nos permite, com os recursos disponíveis na Lei Orçamentária, até simular a possibilidade de um reajuste um pouco acima dos 7,8% que já foram propostos”, afirmou ele. (Com agências) (Foto: Divulgação)