Servidores definem calendário de janeiro que pode levar à greve geral contra o desmonte do Estado e por reajuste salarial

Os servidores públicos federais não abrirão a guarda enquanto o Brasil estiver sendo governado por Jair Bolsonaro, considerado pela classe trabalhadora como o pior presidente da história deste país. O ano de 2022 já começa com a categoria mobilizada. O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) irá promover uma reunião no próximo dia 14 para construir um calendário de mobilização e de reação aos três anos de ataques promovidos pelo governo. Os representantes dos servidores pretendem organizar uma greve geral em 2022.

A plenária geral unificada que pode aprovar a greve geral do funcionalismo está prevista para o final de janeiro, com data a ser confirmada. Por sua vez, a Condsef/Fenadsef já convocou uma reunião do seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE), no próximo dia 17. Antes da plenária geral do Fonasefe, a Confederação vai realizar uma plenária nacional com intenção de levar uma decisão de sua base, maioria do Executivo Federal, para a plenária e bater martelo sobre o movimento. Na avaliação dos servidores federais, as reivindicações por reajuste cabem no orçamento da União. Auditores da Receita Federal já iniciaram paralisação das suas atividades.

Os servidores federais estão indignados com a intenção do governo em promover o desmonte dos serviços públicos, por meio da Reforma Administrativa (PEC-32), e com o congelamento dos salários da massa dos trabalhadores do serviço público. A maioria dos federais amarga congelamento salarial há pelo menos cinco anos. De acordo com o Dieese, devido à inflação do período, as perdas já ultrapassam 40%. Enquanto isso, o governo anunciou reajuste para a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

 

PEC privatizante

 

O objetivo do governo com a Reforma Administrativa é o de contemplar uma das poucas bases de apoio que ainda possui: empresários brasileiros que estão sedentos por obter altos lucros oferecendo serviços que hoje são públicos. A PEC visa acabar com os serviços públicos e repassar suas atribuições para a iniciativa privada.

Porém, o governo está tendo uma enorme dificuldade em convencer os deputados e senadores a votar a favor de um projeto que vai prejudicar toda a população brasileira, mesmo oferecendo muito dinheiro por meio de emendas parlamentares.

E a PEC 32 só não foi aprovada ainda por causa da mobilização permanente dos servidores federais, estaduais e municipais, nas ruas e nas redes sociais, contra a iniciativa. Para combater a PEC, os servidores devem acessar o site Na Pressão (napressao.org.br/campanha/diga-nao-a-reforma-administrativa) e enviar um recado aos parlamentares: Quem votar a favor da PEC-32, não voltará a ser eleito. Ao acessar a página, o servidor pode mandar seu recado pelo WhatsApp, e-mail ou telefone. Os trabalhadores também podem ter acesso ao material da Campanha Cancela a Reforma no endereço da Condsef/Fenadsef (www.condsef.org.br/campanhas/cancela-reforma). A campanha também está no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube. Procure por @cancelaareforma. (Com agências)

By Imprensa Sintrasef

O Sintrasefe – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro – foi fundado em 26 de setembro de 1989. Entidade sindical representativa dos servidores públicos federais da administração direta e indireta no Estado do Rio de Janeiro, o Sintrasefe tem em sua base cerca de 250 mil servidores, dos quais 35 mil estão filiados, distribuídos em cerca de 60 órgãos públicos

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