Após o Carnaval, o conjunto dos servidores públicos federais tem uma agenda de mobilizações para este final de fevereiro. Nesta quinta-feira (22/2) é Dia de Luta pela Educação. Na outra quinta (28/2), data da reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para estudo da contraproposta de reajuste apresentada por servidores ao governo, tem Dia Nacional de Luta em todo o Brasil, nas ruas e nas redes.
A luta por orçamento justo continua. Na contraproposta unificada apresentada pela bancada sindical, além da equiparação dos benefícios com os demais Poderes, os servidores do Executivo buscam a reposição de perdas salariais das categorias, sendo os percentuais construídos a partir de dois blocos distintos.
O primeiro bloco são das categorias que tiveram reajuste bianual (2016 e 2017) e o segundo das categorias que tiveram reajuste em quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2019). Os 9% do reajuste emergencial concedidos em 2023 pelo governo Lula também estão no cálculo. A equiparação dos benefícios do Executivo com os dos outros poderes e revogação de todas as medidas e regramentos infraconstitucionais do desgoverno Bolsonaro também seguem sendo cobrados na MNNP.
Entre 2024 e 2026 os servidores do Bloco I teriam reajuste de 10,34% (total 34,32%), enquanto os servidores do Bloco II teriam 7,06% (Total 22,71%).
Com luta, reajuste é possível
Em recente entrevista, a ministra do MGI, Esther Dweck, não descartou a possibilidade de que governo conceda reajuste ao servidores federais em 2024. Dweck sinalizou que uma recomposição salarial ainda é possível a depender do comportamento da arrecadação. A mobilização e a unidade dos servidores em torno dessas reivindicações seguem fundamentais. (Com agências)