Terminou em frustração a reunião chamada pelo Ministério da Economia na sexta-feira (1/4). Após dias de informações distintas divulgadas pela imprensa a respeito da intenção do governo Bolsonaro sobre reajuste de servidores federais, a reunião para receber uma informação oficial terminou com um discurso “mais do mesmo”. Parece mentira, mas a reunião serviu para o Ministério da Economia informar que não vai abrir um processo de negociação com servidores.
Para representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) resta ao conjunto dos servidores continuar fortalecendo o processo de mobilização e intensificando a greve. Durante a reunião o governo ouviu das entidades o argumento de que dinheiro o governo possui, uma vez que a Presidência da República cogitou conceder reajuste a um setor (segurança pública) que representa apenas 45 mil servidores, excluindo 1 milhão de trabalhadores do funcionalismo federal que já estão há mais de cinco anos sem correção nos salários.
Segundo o governo, um possível reajuste estaria condicionado à aprovação do Projeto de Lei de Crédito Suplementar (PLN nº 01) pelo Congresso Nacional. O governo também informou que o prazo para decidir sobre propostas para o funcionalismo é 2 de junho. “Estão achando que enganam a quem? Vamos intensificar nosso processo de mobilização para que o governo atenda nossas reivindicações”, disse Sérgio Ronaldo, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef).
Greve do INSS
Esta semana servidores de todo o país realizam reuniões para debater sobre os próximos passos que deverão ser dados em busca de uma reposição emergencial de 19,99%, referente as perdas inflacionárias de três anos de governo Bolsonaro. A greve nacional dos servidores do INSS continua se fortalecendo, com adesão de 23 estados, mais o Distrito Federal. (Com agências)