Servidores públicos federais fizeram atividades de protesto em todo o país nesta quarta-feira (23/3) contra cinco anos sem qualquer reajuste, falta de investimentos e cortes bilionários no orçamento da União em setores essenciais para a população brasileira.
No Rio, o Sintrasef e servidores de diversas entidades reuniram-se em frente ao prédio da superintendência estadual do Ministério da Saúde, na rua México, no Centro. “Estamos aqui pela reposição emergencial de 19,99% para todos os servidores públicos federais e pela manutenção da jornada de 30 horas para quem tem esse direito conquistado”, disse Edvaldo Esteves, diretor da secretaria de relações externas, movimentos sociais, gêneros, etnias e raças do Sintrasef e servidor do Ministério da Saúde.
Os servidores condenaram o descaso do governo com a categoria e com toda a população, que sofre com o arrocho salarial e aumentos no preço dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha e remédios, fazendo a inflação disparar e assombrar a vida dos brasileiros.
Por negociação séria
Em Brasília, servidores protestaram em frente ao Ministério da Economia, na vigília permanente instalada para cobrar abertura de um canal de negociações com o governo. O percentual emergencial de 19,99% reivindicado pela categoria corresponde a perda inflacionária do governo Bolsonaro.
Após três anos de silêncio, o Ministério da Economia recebeu na terça-feira (22/3) representantes do conjunto dos servidores federais (Fonasefe), mas apenas reafirmou que não tem condições de abrir negociações que gerem impacto financeiro por limitações orçamentárias. A promessa feita aos servidores é de que até o dia 1º de abril uma resposta oficial será dada ao pleito da categoria.
Representantes de entidades de servidores afirmaram que a greve no INSS e a vigília em frente ao prédio onde o ministro Paulo Guedes dá expediente foram fundamentais para que o governo acenasse com a primeira reunião, mas que é urgente manter e reforçar o processo de mobilização. (Com agências)