O Sintrasef celebra com as servidoras ativas e aposentadas dos órgãos públicos federais o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Homenageamos hoje e sempre aquelas que construíram e constroem a excelência do serviço público em condições tão difíceis, como em uma pandemia sanitária, quando colocam suas vidas em risco, mas não deixam de cumprir sua missão.
A Secretaria de Relações Externas, Movimentos Sociais, Gêneros, Etnias e Raças, assim como todo o sindicato, reforça seu compromisso pela igualdade de gênero. Seja no mundo do trabalho, lutando por igualdade de oportunidade e salário; seja na sociedade em geral, denunciando e condenando as diversas violências.
Leia abaixo depoimentos sobre o 8 de Março:
“Em termos sociais e culturais, segue sendo atribuída às mulheres a responsabilidade de grande parte do trabalho doméstico, bem como do cuidado de crianças, idosos e de pessoas com deficiências; ou seja, atividades não remuneradas no âmbito privado. Desse modo, apesar da crescente incorporação das mulheres ao mercado, elas não conseguem desvincular- se do papel social a elas designado, o que dificulta suas possibilidades de participar equitativamente das oportunidades e gera uma sobrecarga física que prejudica suas condições de bem-estar.
O enfrentamento à violência contra as mulheres continua sendo um dos maiores desafios do Brasil para a promoção da igualdade de gênero. Enfim, continuamos na luta!”, Jussara Araújo, agente comunitária de Saúde e atuante no movimento de mulheres em Resende (RJ)
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“Ser forte, inteligente, guerreira. Estar sempre linda, cheirosa, nunca deixar que os outros vejam as suas dores e medos, principalmente seus filhos. Para eles você tem que ser perfeita, seus companheiros de trabalho têm que te admirar e seu marido te adorar.
Essa supermulher chora, às vezes na condução indo ou vindo do trabalho, diz que está chorando por causa da cebola ou do filme, que está um só pouquinho cansada….
A luta é diária para ganhar um mundo melhor, um salário digno, uma vida melhor para os seus. Então olhe para o lado e diga para toda mulher que passar por você, não só hoje, mas sempre: “você é perfeita”.
Ser mulher por muitas vezes não é usar roupas supersexy ou maquiagem provocantes. Ser mulher é ter que arregaçar as mangas, preparar as armas e ir para o combate, da vida, da sociedade, da política e vencer sua própria guerra interior”, Jurema, mãe de santo e liderança comunitária em Bangu.
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“8 de Março é o dia internacional da mulher BRANCA. Conta-se que no dia 8 de Março de 1857, data que marca o dito dia internacional da mulher, um grupo de operárias fizeram uma greve em NY e, pra resumo da ópera, sofreram repressões e algumas morreram. Todavia esse dia marca a entrada das nossas companheiras, também silenciada, oprimidas e violentadas na História da Humanidade.
Acontece que em 8 de março de 1857, eu ainda era uma escravizada (só pra lembrar, a abolição nos EUA foi em 1863. No Brasil, 1888). Isso significa que nossas irmãs estavam sendo vendidas como um pedaço de qualquer coisa. Provavelmente escravas das famílias de muitas dessas mulheres brancas grevistas super revolucionárias.
Feliz Dia das Mulheres, entretanto resignificar a História é importante para compreender as diferentes opressões que vivem determinados grupos”, Ane Moraes, militante do Movimento Negro.
(Foto: Nando Neves)