Apesar de aprovada nesta terça-feira (25/5)) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, a reforma administrativa (PEC 32/20) do governo federal deve enfrentar resistências nas próximas duas fases de avaliação: a comissão especial que irá se debruçar sobre a medida e o plenário da Câmara.
A avaliação é de deputados opositores do governo Bolsonaro e representantes dos servidores públicos e da sociedade civil. Caso a reforma seja aprovada, é tido como certa a piora em serviços essenciais como escolas e hospitais.
Na CCJ, a proposta teve apoio de oito partidos conservadores (PSL, PL, PP, PSD, PSDB, PSC, Novo e Republicanos), mas dividiu as bancadas das siglas PP, PSD, MDB, PSDB e Solidariedade, que registraram votos dos dois lados. O placar pela admissibilidade da proposta terminou em 39 votos favoráveis e 26 contrários.
Para integrantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, uma batalha vitoriosa contra a PEC passa necessariamente pela união entre oposição e segmentos populares. A frente propõe que entidades de base sigam pressionando os deputados federais nos seus estados de origem.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que reúne 80% dos mais de 1,2 milhão de funcionários do segmento, uniu-se a outras entidades para intensificar as ações. A Federação Nacional das Associações de Servidores das Escolas Federais (Fenasefe) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) estão entre elas.
Ato dia 29
A luta contra a reforma administrativa é um dos pontos do protesto nacional deste sábado (29/5) contra a agenda e a atuação do governo Bolsonaro. O protesto é organizado por partidos de oposição e entidades da sociedade civil, incluindo as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. (Com agências)