O Sintrasef saúda o 29 de janeiro – Dia Nacional da Visibilidade Travesti e Transexual -, sempre apoiará o respeito ao outro e pede punição aos crimes de gênero.
“Hoje destacamos a memória de Tina Rodrigues, nascida em 1962 e morta em 2020. Mulher trans, negra, travesti, e ativista dos direitos humanos da população LGBTI+. Em nome dela e de todas as pessoas trans que nos deixaram por conta do ódio, do abandono ou da precariedade, seguiremos em luta. Trans importam!”, afirma o diretor Carlos Henrique, da secretaria de Relações Externas, Movimentos Sociais, Gêneros, Etnias e Raças do Sintrasef.
Em 2020, 175 mulheres trans foram assassinadas no Brasil. O número representa um aumento de 41% em relação ao ano anterior, quando 124 pessoas trans foram mortas. O dado é apresentado no dossiê da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), lançado nesta sexta-feira (29/1) para marcar a data.
O índice do ano passado está 43,5% acima da média de assassinatos em números absolutos desde 2008, quando o monitoramento foi iniciado. Houve um aumento de 201% dos crimes nesse período.
Diferente dos outros anos, em 2020 todos os assassinatos foram contra travestis e mulheres trans, não tendo sido encontradas evidências sobre o assassinato de homens trans/transmasculinos.
Apagão de dados
A falta de informação sobre a população trans é um problema estrutural no Brasil, onde há um verdadeiro apagão de dados quando se trata dos cidadãos LGBTIs e, principalmente, das pessoas trans.
Em 2020, por exemplo, foi a primeira vez que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública trouxe dados sobre violência contra LGBTIs. No entanto, 15 estados e o DF não têm qualquer informação sobre violências motivadas por orientação sexual ou identidade de gênero. (Com agências)